Alimentação Saudável e Segurança Alimentar

Sempre escutamos que uma alimentação equilibrada é essencial para nossa saúde, que devemos realizar de 5 a 6 refeições por dia e que um prato saudável é aquele mais colorido possível. Procuramos seguir essas orientações com disciplina e seriedade, mas muitas vezes, não sabemos as razões dessas atitudes. Precisamos mesmo beber 2 litros de água por dia? Mas como escolher alimentos saudáveis e saber a quantidade em que devem ser consumidor diariamente? Enfim, a Nutrição é uma ciência muito nova, com diversas descobertas a cada dia, e por este motivo ainda não teve tempo de espalhar todas essas suas informações para todo mundo.Com isso, para responder alguma dessas perguntas, foi criada por especialistas um modelo chamado de Pirâmide Alimentar. Ela nada mais é do que a representação gráfica do equilíbrio alimentar.
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terça-feira, 17 de abril de 2012

O Sal e a Hipertensão


O sal de cozinha, ou, mais especificamente, o cloreto de sódio, contém dois íons essenciais para o bom funcionamento do corpo: o sódio e o cloro. O sódio toma parte na condução dos sinais nervosos e no controle do volume de líquido no corpo, atividade compartilhada com o cloro (ânion cloreto). Entretanto, o consumo em excesso dessas substâncias pode levar a um aumento na pressão arterial, não raramente sendo um dos culpados da hipertensão arterial idiopática (também conhecida como primária), que totaliza 95% dos casos de hipertensão.
Estudos mostraram que, se consumidos isoladamente, o sódio ou o cloreto não possuem este efeito de aumentar a pressão arterial, que só ocorre quando consumidos conjuntamente, como no sal de cozinha. O mecanismo deste efeito envolve a capacidade renal de excreção do sódio, a ação do peptídio natriurético atrial e do sistema renina-angiotensina. Entretanto, esse mecanismo não é o mesmo em todas as pessoas, havendo dois grupos: os sensíveis ao sal e os resistentes ao sal.
O organismo dos indivíduos resistentes ao sal, quando recebe uma quantidade maior dessa substância, aumente sua excreção pelos rins através do peptídio natriurético atrial, substância que aumenta a quantidade de sódio na urina, normalizando assim seus níveis no sangue. Já nos indivíduos sensíveis ao sal, o mecanismo de resposta predominante é o do aumento da pressão arterial, o qual levaria a uma maior produção de urina e, conseqüentemente, maior eliminação de sódio e cloreto. Associado a isso, indivíduos sensíveis ao sódio possuem uma menor capacidade de dilatar os vasos sanguíneos, potencializando o aumento pressórico.
Tendo em vista esses dados, várias entidades médicas recomendam uma redução moderada no consumo de sódio para um total de 100 miliequivalentes por dia, o que equivale a 6 gramas de sal de cozinha, ou a quantidade de sal que cabe em uma tampa de caneta. Essa atitude sozinha é capaz de reduzir a pressão arterial em 2/1 mmHg (milímetros de mercúrio) em indivíduos resistentes ao sódio e 5/3 mmHg nos sensíveis, além de potencializar o efeito de algumas medicações utilizadas no tratamento da hipertensão como: os diuréticos, os inibidores da enzima conversora da angiotensina e os bloqueadores do receptor de angiotensina II. Além disso, essa atitude pode diminuir as chances do indivíduo sofrer algum evento cardiovascular, diminuição do volume do ventrículo esquerdo e da excreção urinária de cálcio.
Em uma análise feita nos Estado Unidos, estima-se que essa simples medida de ingerir menos sal possa diminuir em 92.000 o número anual de mortes e resultar em uma economia de 24 bilhões de dólares.

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