Sim. Os principais
fitoquímicos que atuam na inibição da adiposidade são: resveratrol,
epigalocatequina-3-galato (EGCG), genisteína e capsaisina. De maneira geral, a
literatura relata que existe um progresso substancial em ralação ao
conhecimento dos fitoquímicos e as suas ligações à obesidade. Alguns estudos
demonstram também efeitos de outros fitoquímicos como a apigenina, luteolina,
kaempferol, miricetina, proantocianidinas, xanthohumol, dentre outros. Essa
variedade de substâncias pode ser encontrada em frutas, verduras e ervas,
incluindo alecrim, pimentão, aipo, hortelã, alecrim, soja, pimenta, brócolis,
uva e em outros alimentos funcionais.
Esses fitoquímicos
podem atuar em diferentes fases de desenvolvimento das células do tecido
adiposo, como na inibição da diferenciação de pré-adipócitos, estimular a
lipólise, induzir a apoptose de adipócitos existentes e, consequentemente,
reduzem a massa do tecido adiposo. A quantidade de tecido adiposo pode ser
regulada pela inibição da adipogênese a partir de células precursoras, bem como
o controle do tamanho dos adipócitos. A obesidade é induzida pela hipertrofia
dos adipócitos e ao recrutamento de novos adipócitos a partir de células
precursoras e estes dois processos são dependentes da regulação da diferenciação
dos adipócitos.
Estudos experimentais
descrevem que o resveratrol diminui a adipogênese e a viabilidade de
pré-adipócitos em amadurecimento. Em análise molecular, verifica-se que esses
efeitos ocorrem por inibição de fatores de transcrição e enzimas específicas
nesse processo de diferenciação, além de modular genes relacionados com a
função mitocondrial. O resveratrol também pode aumentar a lipólise e reduzir a
lipogênese em adipócitos já maduros.
Outro estudo
experimental verificou que a suplementação dietética de ratas idosas
ovariectomizadas com uma combinação de resveratrol, vitamina D, quercetina e
genisteína diminuíram o ganho de peso, bem como inibiu a perda de massa óssea.
Hwang e colaboradores
identificaram em estudo in vitro, que o tratamento de células com genisteína,
EGCG e capsaicina inibiu o processo de diferenciação de adipócitos, levando à
apoptose de adipócitos maduros.
A genisteína é um
polifenol derivado da soja, que tem diversas ações já conhecidas no controle do
câncer. Alguns estudos experimentais relataram que a genisteína apresentou
efeitos anti-adipogênicos, entretanto, seu mecanismo de ação exato ainda não é
conhecido.
A inibição da
adipogênese pelo EGCG (principal polifenol do chá verde) tem sido demonstrada
em linhagens celulares, modelos animais e humanos. Estudos clínicos mostraram
que esse fitoquímico é capaz de reduzir o peso corporal, índice de massa
corporal e de massa gorda. Seu mecanismo de ação foi observado em linhagem
celular e modelos animais, em que o EGCG inibiu vias de sinalização de
crescimento de adipócitos e diminuiu a expressão de enzimas lipogênicas.
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