Pesquisa conclui que doses dietéticas de
genisteína, um fitoestrógeno da soja, é segura e reduz os níveis de PSA
(antígeno prostático específico) sérico em pacientes com câncer de próstata.
Além disso, a genisteína teve efeitos benéficos na redução do colesterol
sanguíneo.
O estudo foi publicado
na revista Nutrition and Cancer por pesquisadores da Noruega. O objetivo do
trabalho foi investigar a segurança da ingestão de genisteína e a possibilidade
de modulação de biomarcadores em câncer de próstata.
Trata-se de um ensaio
clínico, controlado por placebo, randomizado e duplo-cego, que examinou os
efeitos de 30 mg/dia de genisteína durante 3 a 6 semanas antes da retirada da
próstata (prostatectomia) em indivíduos com câncer de próstata. Os pacientes foram
divididos em dois grupos: grupo genisteína (n=23) e grupo placebo (n=24).
Houve diminuição em
7,8% dos níveis séricos do PSA no grupo que recebeu genisteína, sendo que esses
níveis aumentaram em 4,4% no grupo placebo (p = 0,051). O nível de PSA também foi
reduzido no tecido tumoral do grupo genisteína em comparação com o grupo
placebo. Os níveis de colesterol total foram significativamente menores no
grupo genisteína (p = 0,013). O estudo mostrou também que não houve alteração
nos hormônios da tireoide ou sexuais.
“Estudos
epidemiológicos já indicaram uma associação entre o consumo aumentado de soja e
diminuição do risco de câncer de próstata. Assim, nosso estudo buscou
investigar os efeitos da genisteína na dose que pode ser facilmente obtida a
partir de uma dieta rica em soja”, comentam os autores.
“Nossos resultados
indicam um possível efeito terapêutico da genisteína em indivíduos com câncer
de próstata, com redução significativa do PSA sérico e no tecido, que é um
marcador importante para detectar e monitorizar esse tipo de câncer. Além
disso, não houveram efeitos adversos de importância clínica. O efeito
anticancerígeno da genisteína sugerido por nossas observações podem explicar os
dados epidemiológicos indicando efeito preventivo de uma dieta rica em produtos
de soja”, concluem.
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