Alimentação Saudável e Segurança Alimentar

Sempre escutamos que uma alimentação equilibrada é essencial para nossa saúde, que devemos realizar de 5 a 6 refeições por dia e que um prato saudável é aquele mais colorido possível. Procuramos seguir essas orientações com disciplina e seriedade, mas muitas vezes, não sabemos as razões dessas atitudes. Precisamos mesmo beber 2 litros de água por dia? Mas como escolher alimentos saudáveis e saber a quantidade em que devem ser consumidor diariamente? Enfim, a Nutrição é uma ciência muito nova, com diversas descobertas a cada dia, e por este motivo ainda não teve tempo de espalhar todas essas suas informações para todo mundo.Com isso, para responder alguma dessas perguntas, foi criada por especialistas um modelo chamado de Pirâmide Alimentar. Ela nada mais é do que a representação gráfica do equilíbrio alimentar.
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terça-feira, 17 de abril de 2012

O Azeite de Oliva e o Coração



A dieta consumida rotineiramente pelas populações do Mediterrâneo durante as décadas de 1960-70 era tida como uma das mais saudáveis, especialmente por reduzir a prevalência de enfermidades cardiovasculares. Hoje, não só lá, mas em praticamente todo o mundo, houve diversas modificações para escolhas menos saudáveis como os “fast-foods”, alimentos com alto teor de lipídeos e largamente consumidos na atualidade.
O azeite de oliva é rico em ácido oleico, um ácido monoinsaturado, que tem propriedades benéficas na redução da oxidação do LDL-colesterol (popularmente conhecido como “mau colesterol”), a forma que mais causa aterogênese (“entupimento” das artérias). Esse é um dos fatores responsáveis pela formação de placas que causam obstrução das artérias coronárias (que irrigam o coração com sangue) e que pode causar o Infarto Agudo do Miocárdio.
Além de conter o ácido oleico, o azeite extraído de olivas contém outros compostos destas sementes e, dependendo do processo para a obtenção do óleo, outros fatores podem interferir.
O azeite extra-virgem é o único que não é extraído por solventes, e sim obtido por compressão da oliva a frio, o que não altera a natureza da semente. Quando ocorre o uso de solventes (usando-se, por exemplo, compostos alcalinizantes), o azeite passa a ser chamado de refinado (azeites refinados) e boa parte dos compostos fenólicos são perdidos. Esses compostos têm alguns efeitos importantes para o coração: inibem a formação de radicais livres, inibe a oxidação do LDL-colesterol, inibem a agregação plaquetária e são antitrombóticos (ou seja, impedem a formação de “coágulos” que podem intensificar a obstrução das artérias do coração). 
O azeite virgem apresenta acidez máxima de 2%, enquanto o extra-virgem não pode ultrapassar 0,8%. Já o azeite de oliva comum é obtido da mistura do azeite lampante (de acidez livre) - inadequado ao consumo em seu estado original, reciclado por meio de processos físico-químicos - e sua mistura com azeites virgem e extra-virgem.

Dicas de consumo: uso culinário do azeite por acidez
O azeite deve ser consumido em 12 meses, por isso deve-se sempre observar a sua data de validade. É comum encontrar azeites extra-virgens engarrafados, sendo aconselhável utilizar aqueles de embalagens mais escuras, já que a incidência de luz pode alterar a composição do produto. Ao estocar azeite engarrafado, leve em conta que a luz, o calor e o ar são altamente prejudiciais ao produto, devendo ser armazenado em locais frescos, com pouca ou nenhuma incidência de luz. Pode-se evitar a ação da luz, por exemplo, ao se embrulhar o azeite com pano ou guardanapo.
Fica, portanto, a mensagem: quando for consumir azeite, dê sempre preferência ao extra-virgem. Tenha sempre uma alimentação saudável e faça exercícios físicos regularmente, faz bem para a sua saúde, faz bem para o coração.
Escrito por José Maxwell M. Souza, Acadêmico do 4º ano da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, sob a supervisão da Dra. Maria Sanali de M. Paiva, Cardiologista Intervencionista com Doutorado pela Faculdade de Medicina da USP.

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